sábado, 30 de julho de 2011

ELE sabe cuidar do que é dEle!


O PAI chama à minha porta procurando um lugar para seu Filho...

-O aluguel é barato- eu lhe digo.

-Não quero alugar. Quero comprar! - Ele me responde.

-Não sei se quero vender, mas pode entrar e dar uma olhada.

-Sim eu vou - diz Deus.

-É, talvez eu lhe possa ceder um ou dois quartos.

-Muito bom - diz Deus - Fico com os dois! Quem sabe você resolva ceder mais espaço depois... Eu posso esperar!

-Eu gostaria de dispor de mais, mas é muito dificil. Preciso de certo espaço para mim.

-Eu sei - diz Deus - Mas vou esperar. Gosto do que vejo...

-Hum, talvez eu possa lhe dar mais um quarto. Realmente não preciso dele.

-Obrigado - diz Deus. - Aceito. Gosto do que vejo...

-Gostaria de lhe dar a casa toda, mas ficaria sem seguranças.

-Pense bem - diz Deus - Eu não o expulsarei. Sua casa pode ser a minha, e meu Filho viverá nela juntamente comigo e com você. Ela terá ainda mais espaço que antes, você verá!

-Não estou entendendo nada.

-Eu sei - diz Deus - Mas não posso lhe dizer tudo. Você tem de descobrir sozinho, por si só. Só compreenderá melhor quando me entregar a casa toda...

- Isso é tão perigoso - eu digo

-Sim é - diz Deus - mas não custa tentar.

-Não tenho segurança... depois lhe direi que decisão tomei.

-Posso esperar - diz Deus - Gosto do que vejo...



A oração nada mais é do que estar diante desse Deus delicado, paciente e misericordioso, que tanto nos tem esperado... não resista! Abra a porta.....

A todos aqueles que escutam essa voz...Vale a pena dar nossa "casa" toda a Ele. Ele sabe cuidar do que é dele....

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entre escolhas e renúncias, a opção nossa de cada dia!



Do nascer ao por do Sol é preciso optar pelo sim ou pelo não.
As opções que fazemos não são neutras. Elas, em parte, definem a qualidade de vida que temos ou que queremos ter.
Quando o relógio desperta, mesmo antes do dia amanhecer, deparo-me com minha primeira oportunidade de escolha. Levanto ou desligo o relógio e continuo dormindo?
Se levantar e começar a agir, provavelmente não me atrasarei e estou contribuindo para que meu dia seja feliz e harmonioso com inúmeras oportunidades de fazer ótimas escolhas.
No entanto, se desligo o relógio e volto a dormir, as conseqüências desta escolha podem ser dramáticas: perder a hora, ficar nervosa e deixar de aproveitar bem cada oportunidade que a vida me dará naquele dia.
Claro que existem situações que vão além. Existem momentos em que, por mais que haja boa vontade de nossa parte, é difícil e arriscado decidirmos sozinhos. Nesta hora, é preciso muita calma e nada melhor que ouvir a opinião de alguém em quem podemos confiar.
É preciso prudência antes de falar "sim" ou "não".
É com muita sabedoria que o salmista reza:
 "...ponde, Senhor, uma guarda em minha boca, uma sentinela na porta de meus lábios..." Sal 140
Quantas vezes respondemos precipitadamente com um sim ou não, essa imaturidade nos traz desagradáveis conseqüências.
Na maioria dos casos, a resposta precipitada é fruto do comodismo, da pressa, da impaciência ou da falta de atenção.
Como faz bem parar uns "segundinhos" para reflexão na hora de decidir.
Santa Teresa, certa vez aconselhando uma de suas irmãs, disse:

"Nunca fales coisa alguma, sem antes refletir e recomendar-te ao Senhor, a fim de que jamais profiras algo que possa magoar alguém! Nunca teimes em ter razão, principalmente tratando-se de coisas insignificantes! Fala a todos com cortesia! Corrigindo alguém, sê modesta e humilde e, nunca o faça sem te humilhares a ti mesmo. Não ouça e não fales mal de ninguém. Sê brando com todos e rigoroso contigo mesmo!"

(Por Dejanira Silva, Missionária CN)

quarta-feira, 27 de julho de 2011

MARIA, Mãe de todos nós!

Há  alguns dias atrás, assisti em noticiário de tv local, uma matéria que me deixou muito indignada:

"Um fotógrafo e artista plástico causou polêmica na Cracolândia, região central de São Paulo conhecida pela presença de usuários de drogas, ao instalar a imagem de Virgem Maria à frente de uma parede com fundo azul e as seguintes inscrições em dourado sobre ela: “Nossa Senhora do Crack”.
... A obra do artista estava na fachada de uma casa abandonada até a manhã deste sábado (23), quando dependentes químicos revoltados com o uso da imagem a destruíram."
( Fonte: Site G1)

Pois bem, fiquei realmente revoltada com o que "julguei" ser uma imensa falta de respeito, porque embora tenha certeza de que Maria está sempre ao lado de todos os seus filhos, especialmente os mais sofridos, relacionar Nossa Senhora com o crack, aí já era demais!
Nos dias que se seguiram procurei acessando o site da arquidiocese de SP, algum pronunciamento para que eu pudesse me posicionar de acordo com o parecer de nossa Igreja e confesso que a princípio fiquei meio desapontada...


"Dom Odilo relatou que se comoveu ao ver uma fotografia do local da imagem. “À frente da imagenzinha, duas pessoas agachadas na calçada, cabeça coberta, possivelmente drogadas, em atitude de oração. Ao lado, um cachorro, fazendo-lhes companhia...”, disse.
“Essa pessoa, talvez desesperada e tomada de angústia, sentido-se só e abandonada de todos, encontrou conforto e amparo na imagem da Mãe do Salvador, ‘Nossa Senhora do Crack’! Não é profanação. A Mãe de Jesus é também a mãe de todos os homens: "filho, eis tua mãe”, destacou o cardeal."


Ontem na rádio 9de julho, Dom Odilo concedeu uma entrevista, falando ao povo católico sobre o fato.
Com muita sabedoria, serenidade e tranquilidade, Dom Odilo começou dizendo que entendia os dois lados. Entendia a indignação daqueles que consideraram como falta de respeito aquela obra e até concordou que o nome dado à santa não foi a melhor escolha, mas, que também entendia a motivação que levou o artista plástico a colocar a imagem no local, que não era a de ofender nossa religião, mas de chamar atenção para o sofrimento dos dependentes químicos e que a imagem de Nossa Senhora trazia conforto àquelas pessoas. Disse ainda, que a Mãe está sempre ao lado dos filhos que mais sofrem, portanto, sim, Nossa Senhora está presente naquele "vale de lágrimas", junto deles, como esteve de pé, diante de seu Filho crucificado.
Pe. Júlio Lancelotti que trabalha com moradores de rua e dependentes químicos apoiou a iniciativa de se levar uma esperança para quem vive no mundo das drogas, comentou também sobre a imagem destruída:
  "Agora quebrada ela ficou mais parecida com o povo que está aqui, machucado, desfigurado..."

Refletindo sobre tudo isso, a minha admiração pelo nosso arcebispo que já era grande, cresceu ainda mais...
Claro, continuo achando e concordando com nosso pastor, que o título dado à imagem deveria ser mudado, mas, como é importante para um cristão buscar adquirir essa capacidade de "ler" sob à luz dos ensinamentos de Cristo, os fatos e acontecimentos de nosso tempo. Me dei conta da minha impulsividade em julgar e condenar uma situação, sem me preocupar em me colocar no lugar do outro, ou avaliar os fatos sobre outros ângulos. Parece que todos nós cristãos ou não, vivemos continuamente "armados", cheios de uma autodefesa nociva para a convivência fraterna, onde são gerados a desconfiança, a impaciência, a intolerância, o preconceito ...

Falando sobre isso, no dia 7 de julho, segundo o site "Terra notícias", a campanha nacional do desarmamento completou dois meses, recolhendo mais de 9 mil armas... Sem dúvida, uma campanha mais do que válida... No entanto, também é certo que o maior e pior "armamento" que existe e que move atos violentos e insanos, nem sempre é entregue com a arma e por vezes é mantido e guardado a sete chaves: o desamor. Tudo é muito paliativo, quando não deixamos cair por terra estes armamentos pesados que muitas vezes se instalam em nosso coração!

Na reportagem que descrevi acima, onde enxerguei apenas falta de respeito, a Igreja foi além, com o discernimento do Espírito Santo que a acompanha, ela enxergou VIDAS! E vidas que estão se perdendo!
Usando uma conhecida frase, podemos dizer, que aquelas pessoas presas ao vício, expostas à discriminação e preconceito, não fazem mais do que rascunhar suas vidas... Muitas delas não terão tempo para passar à limpo!


"ONDE A DOR É IMENSA, A SOLIDARIEDADE DEVE SER INFINITA!"
(Pe. Cido Pereira)


terça-feira, 26 de julho de 2011

A GENUFLEXÃO

O sentido etimológico da palavra genuflexão, vem do latim "genuflexione", oriunda de "genuflectere", que significa dobrar o joelho, ajoelhar; numa forma figurativa bajular, adular, reverenciar. Pode ser tomada, também, como um ato de respeito, submissão.
No aspecto religioso, adorar.
 
O ato de genuflectir, ou seja, dobrar o joelho, pode ser analisado de duas formas: dobrando o joelho esquerdo reverencia-se a majestade representando o poder humano: os reis, rainhas, imperadores, monarcas. É a forma usual dos súditos prestarem aos soberanos sua inteira submissão e o mais irrestrito respeito, obediência, pondo-se ao seu serviço para toda e qualquer eventualidade.
Dobrando-se o joelho direito é um ato de adoração, exclusivo da Divindade. Significa o culto a Deus, pois, somente Deus é adorado. Dessa forma não podemos dobrar o joelho direito às criaturas, seja qual for a autoridade que represente. Nem mesmo aos santos e nem à Virgem Maria, a Mãe de Deus. Podemos ajoelhar-nos frente ao altar dos santos para fazer uma oração, em sinal de respeito e veneração, jamais, numa atitude de adoração. Estaremos cometendo um ato de idolatria.

Qual o motivo que nos levou a refletir sobre a genuflexão?
Muito simples. A igreja é o lugar por excelência para o ato de genuflectir. Percebam bem. Não estou me referindo à atitude de prostar-nos com os dois joelhos em terra para rezar, pois, o ato de rezar, por si só, não significa adoração. Trata-se de uma foram respeitosa, de humildade, quando dirigimos uma prece a Deus, aos santos, ou à Virgem Maria. Ajoelhar-se, adorando a Deus é um ato de fé, de entrega total ao seu poder e divindade, que só a Ele é devido. E isso podemos fazer nas nossas casas, nos santuários e até nas grandes concentrações religiosas.
Quando falamos na igreja é porque lá, de modo especial nos é dada a oportunidade de genuflectir, na presença do próprio Deus, na Pessoa de Jesus Cristo com o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, na Hóstia consagrada que se encontra no sacrário.

Todos nós sabemos que, o que nos indica a presença de Jesus no altar, é uma lâmpada vermelha, constantemente acesa sobre o altar. Antigamente, embora algumas igrejas ainda mantenham a tradição, essa lâmpada era de cera, acesa num recipiente com óleo.
Nos grandes templos, abertos geralmente o dia todo, é comum não se ver a luzinha vermelha sobre o altar. Face ao grande movimento das pessoas, indo e vindo em todas as direções dentro da igreja, o Santíssimo Sacramento é colocado numa Capela lateral. O correto seria todos se dirigirem à Capela e lá, adorar a Jesus, Deus presente, entre nós.

Voltemos ao nosso tema.
Quando devemos fazer a genuflexão?
Ao entrar ou sair da igreja, vendo o sinal da presença de Jesus, fiquemos em direção ao centro do altar e dobremos o joelho direito, nunca o esquerdo, só se algum problema sério de saúde nos impedir. Quando digo, dobremos o joelho, significa que, apoiados no joelho esquerdo, levemos o joelho direito até o chão. Devemos fazê-lo devagar, com todo o respeito e principalmente com fé.

E se percebermos que Jesus não está no sacrário?
Da mesma forma fiquemos frente ao altar, façamos uma reverência com a cabeça, e, se for o caso, dirijamo-nos à capela ao lado e, se lá verificarmos que Jesus está no sacrário, façamos a nossa genuflexão e nos ajoelhemos para rezar.

E quando a hóstia se encontra no Ostensório, no centro do altar?
Significa que estamos face a face com Jesus, na Hóstia consagrada. Nossa postura será, então, diferente: devemos prostar-nos em terra, com os dois joelhos, levantar-nos e novamente ajoelharmos. Nossa atitude será de adoração a Deus, na Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, presente no altar.
Durante a celebração da Santa Missa, dobramos os joelhos no momento da Consagração. É aconselhável que dobremos os joelhos na elevação da Hóstia antes da comunhão.
Na Sexta-feira Santa fazemos a genuflexão diante do crucifixo, em sinal de adoração ao Cristo que nela foi crucificado.

A genuflexão não pode ser feita às pressas e, muitas vezes, virados para o lado, sem nem ao menos olharmos para o altar.
A genuflexão mais do que um ato de respeito é uma demonstração de fé.
Não pode ser uma atitude furtiva, mas consciente.Não é um hábito, uma encenação, ou um simples gesto.
Trata-se de uma profunda convicção do que estamos fazendo, ou seja, um depoimento público de fé.

 Por que estamos abordando esse tema tão do conhecimento de todos nós?
Não me levem a mal, por favor, e nem pensem que estou criticando a postura de alguém. Venho, há algum tempo observando que estamos procedendo de forma distraída, quando passamos frente ao altar, onde a luzinha vermelha nos indica a presença de Jesus. Alguns fazem uma reverência com a cabeça; outros um gesto imitando uma genuflexão; alguns com o joelho esquerdo; outros passam de um lado para o outro, repetidas vezes, num vai-e-vem, ignorando que Jesus está ali, no sacrário.
Quando forem à igreja, notadamente, em dia de casamento, batizado, missas solenes de aniversário e bodas, observem e tirem suas conclusões. Nunca é demais relembrar. E precisamos sempre que alguém nos advirta. Afinal, estudamos, ensinamos, praticamos os atos litúrgicos, infelizmente, os esquecemos, e de pressa! . . .

Conta-se que um velho vigário levou anos tentando converter um morador da sua paróquia. Com o passar do tempo, os dois ficaram até amigos, mas, o padre nada conseguira. Dera muitas lições ao infiel; emprestou-lhe muitos livros e principalmente rezava pedindo a Deus a sua conversão. E nada! Certo dia, depois de demorada solenidade, com a celebração da Santa Missa, esperou que todos os fiéis fossem embora e, como o sacristão pedira para sair logo após a cerimônia, foi fechar a porta do grande santuário. Voltando devagar, para a sacristia, quase se arrastando pelo peso da idade e cansado dos trabalhos do dia, ao chegar em frente ao altar, aprumou-se, encheu-se de energia e principalmente de fé e, devagar e com toda a piedade, fez a sua genuflexão. Mal levantar foi aturdido com altos gritos vindo do fundo da igreja: "Eu creio, padre, eu creio! Sei que Jesus está ali! Estou convertido!" O padre olhou para trás e viu o seu velho amigo infiel correndo para ele, falando em vós alta: "Eu quis provar a sua fé, padre! O senhor estava sozinho, foi o bastante para me converter! ..."

Na verdade, quantas pessoas poderão converter-se, com um simples ato de demonstração de fé da nossa parte!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

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Pois é, ai desse blog se desviar dos passos de Seu Mestre! Obrigado Roberto pelo selinho e pelo carinho com este blog!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MISSÃO: auxílio oportuno para nossa santificação!

De fato, descobri em minha missão um auxílio mais que oportuno para não me desviar do caminho da santidade.
Muitas vezes nos julgamos imunes às seduções que o mundo a todo instante nos apresenta... Quanta ingenuidade! Comprovamos então, a grande sabedoria de Jesus em nos exortar: "Vigiai e orai para não caírdes em tentação".
Convivi com uma ameaça nos últimos dias: de ver retornar a "mulher velha" que pensava, jazia morta em algum lugar do passado...

Felizmente, consegui extrair aprendizado deste tropeço: "relembrar" a importância de viver em oração, de disciplinar os sentimentos, de estar sempre de prontidão para, se necessário, empreender a "heróica" fuga do pecado.

Hoje, diante do Santíssimo Sacramento, antes iniciar a missão, perguntei à Jesus:
"Senhor, ainda me quereis à Vosso serviço?"
Senti que Jesus me acolhia e se compadecia de mim e imediatamente, lembrei-me daquela passagem da profecia de Isaías:
"A quem enviarei? Quem irá por nós?"
E eu não poderia dar outra resposta que não a do profeta:
"Aqui estou, enviai-me!"

Então, no decorrer do dia pude perceber a graça de abraçar a missão... Como nos fortalece em nossas fraquezas! Como nos compromete com a busca por uma vida santa!
E nós, muitas vezes em nossa arrogância, ainda achamos que servindo à Deus estamos Lhe prestando favores! Quanta soberba e ignorância!
A missão nos cura, nos dignifica, fortalece e alegra nossa alma!

Ah! Como é bom voltar pra casa! Que saudade, que tristeza senti ao me afastar do meu Jesus... ainda que tenha me ausentado só por uns momentos...
Pude "aprender" algo que já sabia e o salmista já dizia:
"SOIS MEUS O MEU SENHOR, FORA DE VÓS NÃO HÁ FELICIDADE PARA MIM." (Sal 15,2)

Ninguém é feliz olhando para dois caminhos, a vida é feita de escolhas e escolhas que devem ser coerentes com o que acreditamos, pensamos, falamos...
Quem vive na incoerência, vive na perturbação, agride sua identidade, fragiliza sua alma e perde o sentido da vida.
Não podemos correr o menor risco de que isso aconteça conosco! Vigiemos e oremos, portanto, para que não caiamos em tentação, mas como cristãos, vivamos uma vida digna desse nome!

Quero fazer, desta música que postei abaixo, a minha oração, a minha súplica à Deus, para também reforçar o meu desejo, o meu compromisso de jamais me desviar do "Caminho"!


Alvo mais que a neve quero ser
Pra te honrar, pra te agradar
E em santidade vou viver
Em todo o tempo, pois sou teu templo

Renuncio tudo o que é impuro
Renuncio minha carne
Renuncio o mundo
E os sonhos que não te glorificam, Senhor
Eu renuncio por amor

Eu quero ser santo, santo, santo
Como santo és, Senhor
Eu quero ser santo, santo, santo
Como santo és
Como santo és, Senhor
(Eu quero ser santo - autoria: Eyshila)

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Você é esse amigo?

A banalização da amizade torna as pessoas cada vez mais "colegas" e menos amigas.
(Carlos Hilsdorf)
 
Este dia do amigo me fez pensar... nossa, como muitas vezes banalizamos este grande tesouro que é ter amizades verdadeiras... com que facilidade chamamos de amigo, de amiga, pessoas que são colegas, conhecidos, companheiros, mas, AMIGO, não!
A verdadeira amizade não conhece distâncias, rompe barreiras, supera obstáculos, vai além...
Diante de um AMIGO, as máscaras caem por terra, somos acolhidos como somos ou estamos e isto porque, uma amizade autêntica é edificada no respeito e confiança mútuos!
E mesmo diante da banalização de um valor tão nobre como a amizade, não podemos nos perder, pois temos como perfeita referência, o exemplo de Jesus:
 
"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos" Jo 15,13
 
 
De uma amizade que não mede esforços para ver o bem-estar, o crescimento do outro, que se sacrifica se for necessário, que partilha vitórias e derrotas, tristezas e alegrias, que está sempre "ao lado de", dessa amizade genuína, o mundo foge desesperadamente, pois um amigo (de fato) é sempre comprometido com a felicidade do outro.
Mais do que nos perguntarmos se temos um amigo assim, a questão fundamental é:
SOMOS ESSE AMIGO?

BASTA UM SÓ!

Com a enorme tentação de superficializar quase tudo, hoje é bom lembrar que Nosso Senhor diz que "já não nos chama de servos, mas de amigos" e que a Sagrada Escritura indica que "quem encontrou um amigo possui um tesouro".
Listar os verdadeiros amigos, aqueles que a vida nos deu como dom, gente que nos diz a verdade e alimenta quem somos é tarefa obrigatória.
É dia de declarar amizade!
Assim que puder, contate os amigos pela fé, por Deus, na santidade.
Eu sei...
Você não precisará de muito tempo, pois são poucos.
Mas basta um só para que o tesouro seja completo!

(por Ricardo Sá)

♥FELIZ DIA DO AMIGO♥


segunda-feira, 18 de julho de 2011

A escandalosa paciência de Deus!


‘...Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde veio então o joio? ’ O dono respondeu: ‘Foi algum inimigo que fez isso’. Os servos perguntaram ao dono: ‘Queres que vamos retirar o joio? ’ ‘Não! ’, disse ele. ‘Pode acontecer que, ao retirar o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita. No momento da colheita, direi aos que cortam o trigo: retirai primeiro o joio e amarrai-o em feixes para ser queimado! O trigo, porém, guardai-o no meu celeiro! ’
 (Mt 13,27b-30)


Se dependesse de nós, com que rapidez não mandaríamos arrancar o joio, não é mesmo?
E sabe o que aconteceria?
Seríamos arrancados juntos!
Olhemos para o profundo de nosso coração e sejamos bem sinceros:
Não é verdade que cresce em nosso interior, graças a Deus, um belo e dourado trigal, mas, que também permitimos que cresça junto dele, raízes daninhas de joio?
Quando ouvimos esta parábola, logo pensamos no joio que existe no mundo... talvez por isso passe desapercebido o joio que também está em nosso coração...
Que o Santo Espírito que habita em nós, queime com seu fogo abrasador, purificador, todas essas raízes encardidas, para que quando chegar o momento da colheita, diante do Senhor possamos dizer:
"Eis aqui o nosso trigo, Jesus!"

Para aprofundar mais essa reflexão desta linda parábola, transcrevi abaixo um texto de autoria de Dom Henrique Soares, postado em seu blog VISÃO CRISTÃ:


E Jesus, continuou, sentado, revelando os segredos do Reino:

"O Reino dos Céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo. Enquanto todos dormiam, veio o seu inimigo e semeou o joio no meio do trigo e foi-se embora. Quando o trigo cresceu e começou a granar, apareceu também o joio. Os servos do proprietário foram procurá-lo e lhe disseram: 'Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Como então esta cheio de joio?'”
Que escândalo esta parábola; como nos maltrata!
Olhamos o mundo, campo de Deus, e vemos tantos sinais de joio, tanta maldade, tanta dor e sofrimento... Senhor, por que fizeste o mundo assim? Por que permites o mal? E Jesus explica, docemente: “Um inimigo é que fez isto”. E nós, impacientes; nós, que nos julgamos sábios e temos vontade de dar conselhos a Deus, perguntamos, angustiados e impacientes: “Queres, então, que vamos arrancá-lo?”
Diante da nossa pressa, o Senhor nos responde: “Não, para não acontecer que, ao arrancar o joio, com ele arranqueis também o trigo. Tendes certeza realmente que sabeis distinguir o joio do trigo?
Já vistes que também no vosso próprio coração há trigo e joio?”
Ah, Irmão! A escandalosa paciência de Deus!
O modo misterioso que o Senhor tem de dirigir o mundo! O campo deste mundo, a seara da vida, não estão perdidos. Ainda que apresente tanto joio, o trigo do Reino está presente nele: Deus reina em tantos corações, está presente de tantos modos! O problema é que não podemos calcular, não podemos separar com um bisturi o trigo do joio... E nos impacientamos, nos amarguramos e, tanta vez nos revoltamos contra Deus e quase que descremos... porque Deus não cabe na nossa lógica, não faz como gostaríamos... E o Senhor insiste: “Deixai-os crescer juntos até a colheita. No tempo da colheita, direi aos ceifeiros: Arrancai primeiro o joio e atai-o em feixes para ser queimado; em seguida, recolhei o trigo no meu celeiro". Compreende, Irmão, como é o Reino?
Percebe que ele não obedece a nossos cálculos, não cede à nossa lógica, não liga para nossos prazos?
O Reinado é de Deus e não nosso!
Como é preciso que eu e você nos convertamos para perceber isso e acolher a palavra desse Jesus tão independente, tão senhor de si, tão mergulhado nos tempos e modos do Pai...

sexta-feira, 15 de julho de 2011

PRISÕES SEM MUROS

O texto anterior do escritor Rick Warren, me fez meditar muito sobre este tema: o servir!
Com certeza, serviríamos melhor, amaríamos com mais intensidade, enfim, viveríamos mais plenamente a vontade do Senhor, se fôssemos livres (?!!).
Ora, e não o somos? Pois, a Palavra nos afirma que não estamos mais sob o jugo do pecado, mas sob a graça...
Ainda sim, não o somos, quando insistimos em construir para nós mesmos, várias "prisões sem muros", invisíveis aos olhos da carne, mas tão eficientes em nos privar de nossa liberdade (conquistada por Jesus), quanto as que conhecemos com grades e concreto.
Prisões que nos impedem de crescer, de melhorar, de arriscar, de dar um passo a mais...
Pois bem... seja LIVRE, assuma esta liberdade conquistada pelo Senhor, para servir, amar e viver melhor e com mais alegria:

LIBERTE-SE DA OPINIÃO ALHEIA
A preocupação excessiva com o que os outros pensam ou falam a nosso respeito, sem dúvida, nos escraviza, gera em nós a dependência da aprovação das pessoas, o desejo de buscar agradar a todos, quando não, também uma carência de estar a todo tempo precisando ouvir e receber elogios...
Lembre-se: você é o que é, não o que as pessoas pensam ou falam de você!
Quer ser livre do juízo que as pessoas fazem de você?
Siga o exemplo de Maria, seja como a "escrava" do Senhor, escolha depender de Deus e do Seu amor misericordioso, pois convém a nós, cristãos, agradar antes ao Senhor do que aos homens!
O que as pessoas pensam de você, não é da sua conta, mas, o que Deus pensa, é:
"... és precioso a meus olhos, porque eu te aprecio e te amo, permuto reinos por ti, entrego nações em troca de ti." (Is 43,4)

LIBERTE-SE DAS EXPECTATIVAS
Seja paciente, alimente esperanças, não expectativas!
As expectativas, não raro, geralmente produzem decepções. E isso porque, nem sempre levamos em conta as fragilidades e fraquezas do outro... Bem ao contrário, ignoramos que as pessoas estão a todo tempo sujeitas a frustar nossas expectativas, uma vez que, todos nós caminhamos pela via da conversão em ritmos e velocidades diferentes...
Não fiquemos "presos" às expectativas!
É preciso dominar nossas ansiedades e imediatísmos, permitir que o outro seja quem ele é, com suas qualidades e imperfeições!
Coloque-se no lugar do outro: Você tem capacidade para satisfazer as expectativas de todas as pessoas com quem convive?
Bom, então não espere que o outro tenha! Não imponha às pessoas, fardos que você mesmo não consegue carregar...
Invista sim, na esperança! Que acredita sempre naquilo que Deus pode realizar nas pessoas e através delas!

LIBERTE-SE DO DESEJO DE SER RECOMPENSADO
Nossa, como ficamos inconformados e entristecidos (mesmo não admitindo sempre), quando não somos reconhecidos pelo bem que fazemos, quando não somos elogiados, ás vezes nem citados, diante de uma idéia ou iniciativa que tivemos e foi tão favorável para todos.
"De graça recebestes, de graça deveis dar..."
Através desta palavra, podemos até ouvir a orientação do Senhor:
"Oh, meu filho, minha filha, não recebestes teus dons de graça? Por que então queres cobrar, recebendo reconhecimento e elogios, a vanglória deste mundo?"
Ame, sirva, viva na gratuidade!
Reconhecimento e elogios? Se recebê-los, entregue para quem realmente os merece: DEUS!

LIBERTE-SE DA AUTODEFESA
A vida cristã vai se estabelecendo a partir da comunicação e diálogo fraternos, e para tanto é preciso estar "desarmado" do medo de ser rejeitado, de não ser compreendido e aceito...
Muitas vezes essa autodefesa que nos impede de dar um sorriso espontâneo, de ser um servo acolhedor, e nos faz dar interpretações equivocadas e negativas para palavras e fatos ocorridos em nossa vida, geralmente tem sua origem em nosso passado...
Se na sua vida, existe sujeira que foi varrida para debaixo do tapete, se existe ferida mal curada, é hora de arrumar "esta casa", de cuidar desta ferida, mesmo que doa! Se não podemos mudar o passado, ao menos aprendamos com ele!
Baixe sua guarda, permita-se conhecer a si mesmo, busque conhecer o outro e dê-se a conhecer também, sem máscaras, sem medo de ser quem é!

LIBERTE-SE DA OUSADIA DE JULGAR
Tenho aprendido na busca do autoconhecimento, que o julgamento que muitas vezes deixo sair através de meus lábios, entrou pela janela da alma, os meus olhos.
Por isso persevero na súplica a Deus e no esforço de poder enxergar os irmãos com as lentes da misericórdia, ou seja, pelo olhar de Jesus; na constância em, primeiramente, admitir e corrigir minhas misérias e minhas falhas.
"Meus irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de seu irmão, ou o julga, fala mal da lei e julga a lei. E se julgas a lei, já não és observador da lei, mas seu juiz.  Não há mais que um legislador e um juiz: aquele que pode salvar e perder. Mas quem és tu, que julgas o teu próximo?"
(Tg 4, 11-12)


Concluindo (ou não?), rsrss, creio ter inumerada "algumas" prisões sem muros, muitos são os obstáculos e desafios para respondermos de modo autêntico o chamado de nosso Deus para uma vida reta e santa.
Esse texto, então, é apenas um ponto de partida, para que você, querido leitor, possa se aprofundar nesta grande aventura do autoconhecimento, afinal, nossos inimigos internos, só os podemos derrotar conhecendo-os.



"Somente é livre quem está disposto a perder a vida, o lugar, o cargo, o tempo…"
(Ricardo Sá)


quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quem se ocupa de sua missão, assume a identidade de cristão!


Servos não fazem comparações, não criticam, nem competem com os outros servos ou ministérios. Estão muito ocupados realizando o trabalho que Deus lhes deu.
A competição entre servos de Deus é absurda,
 por muitas razões:

*Estamos todos no mesmo time
*Nosso objetivo é fazer que a pessoa de Deus apareça de forma positiva, e não a nossa pessoa
*Recebemos diferentes atribuições e temos todos uma forma exclusiva.

Quando você está ocupado servindo, não há tempo para ser crítico.
Todo tempo desperdiçado em criticar os outros poderia ser usado no ministério.
... Por se lembrarem de que são amados e aceitos pela graça, servos não tem de provar seu valor.
Eles aceitam de bom grado trabalhos que pessoas inseguras considerariam "abaixo" delas.
Um dos mais profundos exemplos de serviço realizado a partir da auto-estima segura foi a lavagem dos pés dos discípulos, realizada por Jesus, uma função totalmente desprovida de status.
Mas Jesus sabia quem era; então a tarefa não ameaçou sua auto-estima.
Somente pessoas seguras de sua identidade de cristã, podem servir!
Pessoas inseguras estão sempre preocupadas com a aparência perante os outros...
Quanto mais você for inseguro, mas irá querer que as pessoas o sirvam e mais necessitará da aprovação delas.
Henry Nouwen disse: "Para sermos úteis aos outros, temos de morrer para eles, ou seja, temos de deixar de medir nossa importância e valor pelos parâmetros dos outros. Dessa forma, ficamos livres para manisfestar misericórdia".
Quando você baseia seu valor e sua identidade no seu relacionamento com Cristo, fica livre das expectativas dos outros, e isso permite que você realmente os sirva melhor.

(Trechos extraídos do livro "Uma vida com propósitos", de Rick Warren)

terça-feira, 12 de julho de 2011

e ELE me chamou a existir...

 Creio que esse é o primeiro de muitos motivos que tenho, para agradecer ao nosso Deus no dia de hoje:
Ele me chamou a existir!
Nos meus aniversários, não posso negar, fico sempre muito constrangida, sou muito tímida... mas acho que deixar este dia passar em branco, aqui no blog, seria uma ingratidão, pois nossa vida é um presente divino e não só podemos, mas devemos celebrá-la!
São muitos os agradecimentos que tenho a fazer ao Senhor, não caberiam neste espaço... os coloquei bem guardados em meu coração e Ele que sonda o mais íntimo de nosso ser, com certeza os receberá.
A vocês meus amigos, do grupo "catequistas unidos", obrigado pela parceria de fé, unidade e muito carinho, aprendo MUITO com vocês!
A você que passa por aqui por um acaso (será?), obrigado por dedicar sua atenção, seu tempo...
Meu coração realmente se alegra com todos os que passam por aqui e se saem edificados então,
LOUVADO SEJA DEUS por isso! 
Enfim, este dia é de ação de graças a Deus, por minha vida, mas por todos que fizeram e fazem parte dela.
Postei a música abaixo, porque a considero uma síntese do que foi e tem sido minha vida... entre dores e alegrias, o sol brilha!
Vamos juntos celebrar?
Com carinho, orações e bjs no ♥,
Cátia.

"E no final das contas, não são os anos em sua vida que contam.
É a vida nos seus anos."
(Abraham  Lincoln)



Estão servidos?

segunda-feira, 11 de julho de 2011

DOM ODILO NO TWITTER!

Sim meus amigos. nosso pastor aqui da Arquidiocese de São Paulo, Dom Odilo P. Scherer está no twitter!
Se você usa essa ferramenta, não deixe de seguí-lo: http://twitter.com/#!/DomOdiloScherer.

Outra novidade, é que o site da Arquidiocese de SP, está de "carinha nova", totalmente reformulado, não deixe de conferir!

sábado, 9 de julho de 2011

A melhor catequese sobre a Eucaristia é...


(ZENIT.org). - “A melhor catequese sobre a Eucaristia
é a própria Eucaristia bem celebrada”, assegura Bento XVI, ao exortar toda a Igreja a celebrá-la com toda a dignidade.
"A Santa Missa, celebrada com respeito pelas normas litúrgicas e com um uso adequado da riqueza dos sinais e gestos, favorece e promove o crescimento da fé eucarística”, garantiu o Papa.
"Na celebração eucarística, não inventamos algo, e sim entramos em uma realidade que nos precede; mais ainda, ela abarca o céu e a terra e, portanto, também o passado, o futuro e o presente.”

"... O Papa deu este conselho aos fiéis de Roma, em particular aos seus sacerdotes: “Celebrai os divinos mistérios com uma participação interior intensa, para que os homens e mulheres da nossa cidade possam santificar-se, entrar em contato com Deus, verdade absoluta e amor eterno”.
E exortou os católicos de Roma a “prestar mais atenção, entre outras coisas com grupos litúrgicos, à preparação e celebração da Eucaristia, para que os que participam possam encontrar o Senhor. Cristo Ressuscitado se faz presente em nosso hoje e nos reúne ao seu redor”.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Diante dos maldizentes, conserva a paz!


"Filho, não te aflijas se alguém fizer de ti mal conceito ou disser coisas que não gostas de ouvir.
Pior ainda deves julgar de ti mesmo, e avaliar-te o mais imperfeito de todos. Se praticares a vida interior, pouco te importarás de palavras que voam.
É grande prudência calar-se nas horas da tribulação, volver-se interiormente a Mim, e não se perturbar com os juízos humanos.
 Não faças depender tua paz da boca dos homens; porque, quer julguem bem, quer mal de ti, não serás por isso homem diferente. Onde está a verdadeira paz e a glória verdadeira?
Porventura não está em Mim?
Quem não procura agradar aos homens, nem teme desagradar-lhes, esse gozará grande paz.
É do amor desordenado e do vão temor que nascem o desassossego do coração e a distração dos sentidos."
(Imitação de Cristo)



Meu bloguinho recebeu esse mimo!
Uma grata lembrança do
Lindo ensinamento,
Obrigado pelo carinho, Lurdes!

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O mesmo e único sacrifício infinito de Cristo na Cruz!



Missa de cura e libertação, missa afro, missa sertaneja, showmissa...
 Afinal, essas definições constituem uma distinção entre uma missa e outra? Todas tem o mesmo valor?
Sua importância depende do padre que a celebra?

Abaixo, o esclarecimento de Pe. Cido Pereira, pároco na Paróquia N.S. das Dores, no bairro Casa Verde, vigário episcopal para pastoral da comunicação em SP e diretor do jornal "O São Paulo", dado a um ouvinte do programa
"Bom dia, povo de Deus", do qual é apresentador, na rádio 9dejulho católica:

"Certos nomes dados à missa confundem demais o nosso povo e muitos deles chegam a esvaziar o sentido profundo da celebração eucarística.
É o caso, por exemplo, dos tais “showmissa”, missa de cura e libertação, missa afro.
Na verdade existe só a missa.
A expressão “showmissa”´é profundamente desrespeitosa. Se cantores populares cantam na missa, tudo bem. Se depois da missa há um espetáculo musical, tudo bem. Mas chamar de “showmissa” o maravilhoso sacramento do altar é ir longe demais. 
A missa atualiza o sacrifício redentor do Cristo.
Por isso toda missa, qualquer missa é de cura e libertação.
É impróprio, portanto, realizar missas de cura e libertação, dando a impressão que as demais missas não o são.  Impressiona também o fato de se classificar a missa pelos padres que celebram. Vou à missa do padre x, do padre y. Todo padre age na pessoa do Cristo durante a celebração eucarística e achar que o nome do padre faz diferente a missa não é correto. Ultimamente se fala também em missa sertaneja. São missas em que as músicas são cantadas no estilo sertanejo. Nada demais se as missas cantadas foram compostas no estilo sertanejo. O que não é correto é colocar letra em música sertaneja de domínio público. Elas acabam sendo um desrespeito ao compositor original da música e um desrespeito aos compositores cristãos que produzem belíssimas composições com músicas belíssimas e letras que lembram o momento celebrativo. Agora, a missa afro, deveria ser uma missa igual a qualquer missa, valorizando, porém, a cultura afro no tocante à música e ao colorido das roupas. Mais do que isso é desrespeito ao Sacramento. Misturar nossos santos com divindades do candomblé, da umbanda, é desrespeito ao Sacramento." 

“Todas as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo, com uma devoção e amor acima do entendimento dos Anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para a salvação da humanidade.”
(Santa Matilde)

Quando vocês vêm o sacerdote aplicado ao Santo Sacrifício, fazendo as suas preces, envolvido pelo povo santo, que foi lavado pelo precioso Sangue, e o divino Salvador que se imola sobre o altar, pensam vocês que estão ainda sobre a terra?
Não acreditam vocês estarem elevados até o céu?
Ó milagre! Ó bondade!
Aquele que está sentado à direita do Pai encontra-se por um momento entre nossas mãos e vai se dar àqueles que o querem receber”.
(São João Crisóstomo)

terça-feira, 5 de julho de 2011

A Esperança da Primavera!

Sim, espero a primavera, Senhor!
A primavera com suas folhas verdes, suas flores, suas cores, seus frutos, a primavera de tuas promessas concretizadas, de teus sonhos realizados em minha vida...
Sim, eu espero... ás vezes a espera é solução, sobretudo, quando se espera em Deus!
E enquanto espero, invoco o Senhor, para que me ajude a viver com amor, obediência e fidelidade este inverno.

Inverno rigoroso, cujo clima seco murcha meu ânimo, cujo frio impiedoso, endurece meu coração,  procura congelar, destruir minha esperança...
Ah, mas como pode ela (a esperança) morrer, acabar?
Acaso minha esperança não és Tu, Senhor?
Sim, "a Esperança" não morre mais, a morte não tem mais poder sobre ela, ressuscitou e vive para sempre!

Por isso, com Tua graça, Senhor Jesus, quero adquirir todo o aprendizado que este inverno vier a me proporcionar, quero viver com amor e intensidade cada momento dessa dura estação, quero te louvar por cada folha seca que cai ...

São promessas de renovação, eu sei!
Sei que na primavera brotarão outras, novinhas, mais verdes, então, nascerão frutos, suculentos, maduros, produzidos por um tempo de espera vivido com confiança, na tua presença,
Meu Deus e Meu Tudo!

 

"Vós que temeis o Senhor, confiai nele,
e a vossa recompensa não falhará.
Vós que temeis o Senhor, esperai coisas boas:
alegria duradoura e misericórdia"
(Eclo 2,8-9)

O silêncio na Liturgia também comunica!

"Mistério não faz barulho, e menos ainda mistério de fé; apesar de precisar romper o silêncio para ser celebrado, partilhado, comunicado, festejado, é sempre acompanhado dele."

Com a reforma litúrgica do Vaticano II, o silêncio enquanto tal entrou nas normas como parte integrante das celebrações. A Constituição Sacrosanctum Concilium - após determinar que se deve incentivar a participação ativa dos fiéis através das aclamações, respostas e cânticos - acrescenta:
"Guarde-se também, em seu devido tempo, um silêncio sagrado".

"O silêncio orante, celebrante e participativo só se alcança à medida que se vai amadurecendo na fé e na própria dimensão humana da vida.
É fruto de exercício.
Só assim ele comunica."

E a Instrução Geral do Missal Romano reafirma essa determinação, quase nos mesmos termos:

"Oportunamente, como parte da celebração, deve-se observar o silêncio sagrado".
Como que para ressaltar a importância do silêncio nos atos litúrgicos, o Apocalipse nos mostra que ele era observado até na "grande liturgia celestial":
 "Quando o Cordeiro abriu o sétimo selo, fez-se silêncio no Céu durante cerca de meia hora" (Ap 8,1).

E o Pe. Antonio Alcalde exprime o bom efeito desses períodos em que cada fiel se recolhe para ouvir em seu coração a voz da graça:
"Na música calada, na música divina do silêncio, na solidão sonora, na harmonia interior de cada um, Deus fará ressoar sua eterna melodia de amor para com todas as suas criaturas".

"Um dos elementos de maior valor na celebração litúrgica"
O silêncio na Liturgia não é, portanto, um mero tempo de mutismo, nem de espera vazia, entre duas partes da celebração. Pelo contrário, ele é conatural com a oração, é uma abertura para Deus e um reencontro consigo mesmo.
E longe de reduzir os fiéis a expectadores estranhos e mudos, ele os integra "mais intimamente no mistério que se celebra, em virtude das disposições interiores que derivam da palavra de Deus que se escuta, dos cantos e das orações, e da união espiritual com o sacerdote", conforme consta na Instrução Musicam sacram...
... O Pe. Antonio Alcalde é ainda mais categórico, pois o qualifica como sendo o auge da prece: "Deve-se explicar devidamente aos fiéis a razão do silêncio litúrgico, o qual não é o contrário da prece, mas constitui o auge da mesma"...

A melhor preparação para celebrar a Eucaristia
O melhor meio de se preparar devota e dignamente para a Celebração Eucarística é manter o silêncio no recinto sagrado, inclusive na sacristia e locais próximos.

A esse respeito, Mons. Peter J. Elliott assinala com toda clareza:

"O silêncio é a melhor preparação para a Liturgia.
Exceto alguma música apropriada, não se deve permitir nenhum menosprezo ao direito que o povo tem à tranqüilidade antes da Eucaristia...
Se é tão importante a abstenção de falar e de perturbar com atividades inoportunas o recolhimento dos assistentes antes da Missa, mais ainda o é, obviamente, durante a Celebração.

Momentos de silêncio durante a Missa
O Missal Romano propõe vários intervalos de silêncio ao longo da Celebração da Eucaristia.

*No Ato Penitencial, o sacerdote e os fiéis devem fazer juntos um momento de silêncio antes da oração "Confesso a Deus todo-poderoso".

*Na Liturgia da Palavra, se parecer oportuno, pode-se observar um breve tempo de silêncio após cada leitura e também depois da homilia, para que todos tenham oportunidade de meditar brevemente sobre o que acabaram de ouvir.

*A Preparação das Oferendas - esse ato tão denso da Celebração, em que, terminada a Liturgia da Palavra, vaise passar para a Oração Eucarística - é um momento especial para criar um ambiente de recolhimento e interiorização. Para isso pode-se contar com a ajuda de uma música de fundo ou de um coral que interprete alguma peça polifônica.

*Terminada a distribuição da Comunhão, se for oportuno, o sacerdote e os fiéis oram algum tempo em silêncio, podendo a assembléia entoar ainda um hino, salmo ou outro cântico de louvor.

Comenta, a propósito, o Pe. Antonio Alcalde:

"Se não forem incentivados esses silêncios, a Celebração pode converterse em uma sucessão de palavras, orações e ritos amontoados uns sobre os outros, e nos encontraremos envolvidos na assistência rotineira, na dispersão, no ruído e, sobretudo, na falta de participação".

A Igreja dá tanta importância a esses períodos de recolhimento que os recomenda até mesmo nas Missas celebradas para as crianças, "para que não se conceda um lugar excessivo à ação externa, pois também as crianças, à sua maneira, são realmente capazes de meditar" e precisam aprender "a entrar em si mesmas e a meditar, rezar e louvar a Deus em seu coração".

"A ausência de iniciação ao silêncio na catequese, na vida de oração e na própria evangelização, é que acaba repercutindo na expressão litúrgica."

Finalidade dos intervalos de silêncio
Como se deduz facilmente pelo que foi dito acima, a natureza dos diversos intervalos de silêncio depende dos momentos da Liturgia em que eles são observados.

Assim, o silêncio recomendado antes de iniciar a Celebração, e o prescrito no Ato Penitencial, têm por finalidade mover os fiéis à concentração e ao recolhimento. Outros visam proporcionar aos assistentes um clima de meditação a respeito do que acabaram de ouvir nas leituras ou na homilia. Há também o silêncio que não pretende outra coisa senão o descanso e a espera, num ambiente de calma e tranqüilidade, como é o momento do Ofertório. Por fim, o tempo de recolhimento após a recepção do Corpo de Cristo cria uma atmosfera de interiorização e de apropriação, propícia aos atos de agradecimento e de louvor.

Outro conceituado tratadista de Liturgia, Juan Martín Velasco, acrescenta que é também indispensável na Missa o "silêncio de adoração", e diz que cada comunidade deve descobrir o ponto em que ele possa ser devidamente encaixado. Porque - explica ele - nenhuma celebração terá alcançado a altura religiosa exigível se, em determinado momento, "nós, que nela participamos, não cheguemos a ‘cair com o rosto em terra', a experimentar a insuficiência de nossas palavras, a torpeza de nossos melhores gestos, a inadequação de nossos pensamentos ante a Divina Majestade, o esplendor da beleza, a augusta santidade de nosso Deus" .


"... Amigos, não tenham medo do silêncio e da quietude, ouçam Deus, adorem-no na Eucaristia! Deixem que sua palavra forje o seu caminho como desenvolvimento da santidade..."
(PAPA BENTO XVI)

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