quinta-feira, 30 de junho de 2011

"Parabéns atrasado", mas cheio de amor e admiração por sua santidade, o Papa Bento XVI


Uma oração cheia de juventude...

"Sessenta anos de ministério sacerdotal!
Queridos amigos, talvez me tenha demorado demais nos pormenores. Mas, nesta hora, senti-me impelido a olhar para aquilo que caracterizou estes decênios. Senti-me impelido a dizer-vos – a todos os presbíteros e Bispos, mas também aos fiéis da Igreja – uma palavra de esperança e encorajamento; uma palavra, amadurecida na experiência, sobre o fato que o Senhor é bom. Mas esta é sobretudo uma hora de gratidão: gratidão ao Senhor pela amizade que me concedeu e que deseja conceder a todos nós. Gratidão às pessoas que me formaram e acompanharam. E, subjacente a tudo isto, a oração para que um dia o Senhor na sua bondade nos acolha e faça contemplar a sua glória.
Amém."

 
Os irmãos Ratzinger:
sessenta anos no santo serviço do Senhor!

Antes de deixar este blog "nascer"...pensei muito, busquei discernimento pelo Espírito Santo e partilhei idéias, conceitos, medos e inseguranças com uma querida amiga, a Imaculada.
Justamente porque queria que fosse um espaço, não somente destinado a expor "minhas" opiniões, mas, acima de tudo ser um humilde cantinho, com as portas ESCANCARADAS para a entrada da doutrina, dos ensinamentos e orientações da Igreja de Cristo, nossa amada Igreja Católica Apostólica Romana!
Porque cada vez mais, este mundo que está aí, quer calar a voz da Igreja, e quando não, deturpar o que ela diz, apresentando sempre uma imagem denegrida de suas intenções.
Fico imensamente feliz, quando vejo cada vez mais se multiplicarem blogs e sites católicos, dando então, este espaço tão necessário para nossa Mãe Igreja.
Porém, se é uma alegria servir à Igreja no meio virtual, também é uma grande responsabilidade!
Pois sou católica em tempo integral, meu testemunho cristão deve estar presente também neste blog...

Bom, fiz toda essa introdução (me desculpem, rsrss), primeiro para dizer que louvo à Deus por cada um que passa por aqui, gasta seu tempo lendo algo e o principal, se beneficia com o que lê, então sim , louvo à Deus por este blog ter sido canal de Sua graça. Louvo à Deus pela condução do Santo Espírito, sem o qual, este blog nada é,
e para nada serve, e digo a vocês queridos, que mesmo os menores textos que escrevo, são sempre submetidos à este Espírito de Verdade, que tudo constrói, transforma e edifica... muitas vezes leio, releio cada post, imagem, música ou vídeo da postagem, a fim de verificar se não deixei passar alguma palavrinha, ou qualquer coisa que seja, que possa enfim, macular a consciência de vocês, o santuário onde o Senhor habita.
Para ser, portanto, fiel e coerente com estes princípios, vejo que preciso usar de discernimento também com os comentários, usando a ferramenta de moderação.

O espaço para os comentários deste Blog vai privelegiar todas as pessoas de boa vontade, que opinem com bom senso e se responsabilizem pelo que escrevem, pois a opção "anônimo", serve para aqueles que não tendo conta no google, possam emitir sua opinião, mas se identificando ao final dela.
Vejo que muitas vezes temos que abrir mão de nosso ímpeto e buscar na santa instrução e na espiritualidade o verdadeiro proceder de alguém que testemunha Cristo e professa a fé católica.
Diante de tantos abusos e desrespeitos, primeiramente, para com Deus, pois, existem direitos para todos... até para as árvores (o que também é bom), mas, e os direitos de Deus??? Realmente, ás vezes dá vontade de chutar o pau da barraca, como se diz por aí!
Entendo a revolta e indignação de leitores diante de tantos desatinos... mas percebo que se queremos edificar sendo profetas, precisamos filtrar em nossas palavras, as emoções... que nem sempre são boas conselheiras.
Respiremos fundo, e lembremo-nos de nossa identidade:
SOMOS CRISTÃOS!
Vamos falar e agir como tal, vivendo, anunciando e denunciando com caridade, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade, brandura, temperança, alegria e paz, ou seja, aplicando os frutos do Espírito Santo!
E estes frutos só se desenvolvem em nosso coração, quando não colocamos obstáculos para que isso aconteça. E é por estes frutos que seremos conhecidos!

Até o último suspiro, Deus não desisti dos casos que consideramos mais perdidos e irrecuperáveis.
O mais pecador dos seres humanos tem seu valor. Sabe qual é?
O preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor derramado por ele na cruz.
 Também por ele Nosso Senhor morreu.
Diante disso, não podemos perder nosso foco, o que deve ser combatido é o pecado, não o pecador.
Como diz Sto Agostinho,
"Onde não há caridade, não pode haver justiça".

Peço que me desculpem por alguma coisa, "sou um ser humano em construção, estou em obras", sei que devo ter dito coisas que agradaram a uns, desagradaram a outros... sirvo-me de uma citação do livro "Imitação de Cristo":

Não te mova a autoridade do escritor, se é ou não de grandes conhecimentos literários; ao contrário, lê com puro amor à verdade. Não procures saber quem o disse; mas considera o que se diz.
Os homens passam, mas a verdade do Senhor permanece eternamente (Sl 116,2).

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Lista atualizada dos Catequistas Unidos!

1.
           http://catequesenanet.blogspot.com
2.          http://adelinovieira.blogspot.com    
5.          http://blogdaprecatequese.blogspot.com  
10.        http://catequesedeeucaristia.blogspot.com
20.       http://cocalnatividade.blogspot.com    
41.        http://catequista.net/blog

terça-feira, 28 de junho de 2011

"Alegrai-vos sempre no Senhor! Repito, alegrai-vos!"


"Não estamos treinados a viver com a alegria do Senhor; ficamos esperando que o sofrimento acabe para podermos sorrir, mas precisamos enfrentar a realidade da vida...
Hoje temos de ser como os surfistas que vêem a 'onda' dos problemas e passam por cima dela. E mesmo depois da onda, ele permanece em pé, em cima da prancha.
Não espere a provação acabar para ser feliz.
Seja feliz agora, tenha a coragem de andar sobre o mar agitado."
(Pe. Fabrício)

segunda-feira, 27 de junho de 2011

As "sombrias cores" do Arco-íris!

Gostaria de indicar à todos que passam por aqui o
que é de riquíssimo conteúdo. O texto abaixo é de sua autoria, e sem dúvida expressa todo o pesar de nós católicos, diante de tanta falta de respeito para com nossa Igreja:

Quando vemos a “Parada do Orgulho GLBT”, São Paulo, usar as imagens dos santos católicos e nas suas performances deturpadas pelo sensualismo para a defesa do uso do preservativo, vemos sim, uma intolerância para com o respeito ao sentimento religioso dos fiéis católicos. Poderíamos imaginar o contrário: a banalização dos ícones e referenciais do GLBT por parte da Igreja – o que é inaceitável - e esperar a reação “planetária”, os gritos midiáticos de que somos intolerantes e não respeitamos seus direitos.
O Movimento GLBT quer ser intocável, pelo menos se mostra assim, mas, infelizmente temos de dizer que há gente infiltrada em suas legítimas organizações que não escondem o ódio à Igreja Católica, o desejo de difamá-la, por isso faz de tal atitude um ato de provocação e desrespeito à Igreja. Nós cremos que a misericórdia de Deus abraça a todos que recorrem a ela, mas cremos também que a misericórdia anda de mãos dadas com a Verdade sobre a Pessoa e sua vocação segundo o plano de Deus. É óbvio que os que compõem o Movimento GLBT são filhos de Deus, amados por Ele, são nossos irmãos e cidadãos de um país democrático com os mesmos direitos e deveres, mas esses direitos e deveres não podem ser unilaterais na proteção das opções e valores. Isto leva à intolerância. É lamentável que agora, pra defender meus direitos e opções, eu tenha que pegar o que é valor de caráter “sagrado” para o outro e banalizá-lo para que se tenha a ideia de que “somos poderosos” e estamos devidamente organizados e protegidos pela Lei. Isto é insensatez e talvez venha a ser um tiro pela culatra.
Quanto a nós, Igreja Católica, Povo de Deus, a ira não pode nos levar ao juízo das consciências, ao ódio, muito menos à violência. Que bom não tenha existisdo nenhum ato de violência aos que lá estavam. A melhor reação é o nosso testemunho de vida cristã que, além do respeito devido, não estamos dispensados de manifestar a nossa indignação dentro do princípio da caridade e da ética cristã, não nos deixando seduzir pela mesma provocação do GLBT que, inclusive nega tal intenção. Os dias conflituosos na defesa das opções só estão começando. O paradoxo é que o colorido do arco-íris venha a ser uma “sombria cor chamada intolerância”. Uma coisa é certa: a verdade nunca banaliza o verdadeiro bem que existe no outro.
Antonio Marcos

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“... A associação das imagens de santos para essas manifestações da Parada Gay, a meu ver, foi infeliz e desrespeitosa. É uma forma debochada de usar imagens de santos, que para nós merecem todo respeito”, disse dom Odilo. “Vamos refletir sobre medidas cabíveis para proteger nossos símbolos e convicções religiosas. Quem deseja ser respeitado também tem de respeitar...
O cardeal também voltou a manifestar posição contrária ao slogan escolhido pela organização da Parada, “Amai-vos uns aos outros” (parte de versículo do Evangelho de São João). “Jesus recomenda ‘Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei’. O uso de somente parte dessa recomendação, fora de contexto, em uma Parada Gay, é novamente um uso incorreto, instrumentalização da palavra de Jesus” ¨

Oração para pedir a luz do entendimento:

Iluminai-me, interiormente, ó bom Jesus!
Fazei brilhar Vossa luz em meu coração e dissipai todas as trevas que o escurecem. Refreai as divagações de meu espírito e quebrantai as tentações violentas que me combatem.
Pelejai fortemente por mim, e afugentai essas feras péssimas, esses apetites que nos lisonjeiam para perder-nos, a fim de que a minha alma consiga a paz pelo Vossa força, e venha a ser um templo puro, onde se entoam à vossa glória perenes louvores.
Mandai aos ventos e às tempestades; dizei ao mar:
"Sossega-te; ao vento: não sopres; e haverá grande bonança" (Mc 4,39).
Enviai Vossa luz e Vossa verdade para que resplandeçam em minha alma, porque sou uma terra estéril e tenebrosa até que Vós me alumieis.
Derramai sobre mim as graças do céu; regai meu coração com orvalho celestial; chovam sobre esta terra árida as fecundas águas da piedade, para que produza frutos bons e saudáveis.
Levantai-me o ânimo oprimido com o peso dos pecados; transportai todos os meus desejos ao céu, para que, gostando a doçura dos bens eternos não possa sem desgosto pensar nas coisas da terra.
Arrebatai-me, desprendei-me das fugitivas consolações das criaturas, porque nenhuma coisa criada pode aquietar e satisfazer plenamente meu coração.
Uni-me a Vós pelo vínculo indissolúvel do vosso amor: porque Vós só bastais a quem vos ama, e sem Vós tudo é vaidade.
 
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Imitação do Cristo
 - Editora Ave Maria

AGRADEÇO O CARINHO DA SHEILINHA, DO "BLOG SEMEANDO CATEQUESE", QUE PRESENTEOU ESTE BLOG COM ESTE LINDO SELINHO!

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Obedeça primeiro, entenda depois!


"EU OBEDEÇO PARA ENTENDER
E NÃO ENTENDO PARA OBEDECER"

A virtude da obediência é uma das mais fascinantes no contexto do Cristianismo e a mais dolorida de se exercitar por quem não a compreendeu em seu pleno sentido. Obedecer, segundo os latinos, seria “ob-audire”, isto é, “ouvir àquele que fala”.
Essa definição etimológica nos sugere então que só é possível ser obediente quando nos dispomos ouvir atentamente àquele que nos fala.
Já o verbo entender é desdobramento de toda uma capacidade especial para a escuta interior daquilo que nos é proposto. Ainda no universo latino, encontramos que o entendimento está o tempo inteiro inclinado para aquele que deseja “entrar na tenda”. Isso mesmo! Já me explico: eu o entendo à medida que me permito entrar em sua tenda, adentrando no interior daquilo que você me fala para deste modo compreendê-lo, amá-lo, aceitá-lo…
Não é possível fazer nada disso ficando “à porta da sua tenda”, pois agindo assim não poderei entendê-lo perfeitamente e possivelmente ficarei à margem daquilo ao qual sou chamado a fazer.
No cenário do mundo secular os holofotes sempre se voltam para o entendimento em detrimento à obediência. Neste sentido, neste mesmo cenário somos levados a primeiro querer “entrar na tenda”, problematizar, perguntar para só então depois obedecer.
Cena inversa, entretanto, encontramos no palco do Cristianismo, pois ali essa hierarquia assume outros lugares. Pela fé que abraçamos somos inclinados a perceber que nesta Escola de Santidade é preciso antes de tudo ter ouvidos de aprendiz, agir como discípulo e ouvir a voz d’Aquele que nos fala. E só depois desejar entender a razão da escuta e da obediência, o que muito certamente não será mais necessário.
Jesus quando se encontrava com qualquer pessoa, primeiro Ele lhes falava, lhes chamava, e estas se rendiam para ouvi-Lo atentamente, isto é, lhes obedecia. Resultado de tamanho fascínio é que elas entravam em sua tenda para entender todo seu Projeto de Amor. O recíproco também era verdadeiro, pois era desejo do Mestre conhecer bem de perto àqueles a quem Ele lançara um olhar amoroso.

Vinde após mim e Eu vos farei pescadores de homens.
Eles no mesmo instante
deixaram as redes e seguiram-no”
(Mc 1,18).

Bem sabemos das dificuldades em obedecer e entender os fatos e pessoas. Todavia, em tudo aquilo que nos é próprio do dia-a-dia esses dois verbos não podem ser conjugados dissociadamente. Eis um imperativo da nossa fé! Eis o caminho a ser trilhado em toda e qualquer vocação! É bem verdade que ele nos custará muito.
Nosso desejo vai querer sempre primeiro entender e depois obedecer! Mas a exemplo de Maria, nesta hora “conservemos tudo em nosso coração” (Lc 2,19), e como bom discípulos que buscamos ser, pediremos ao Mestre que nos abençoe com sua graça naquilo que ainda nos falta. Ele cuida de tudo, pois, como dizia Santo Agostinho, diante de uma situação que nos exige a santa obediência e o dom do entendimento,
“Deus só nos acrescenta aquilo que ainda nos falta”.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

MEU SENHOR E MEU DEUS!

"... Pode-se, então, compreender aquelas palavras de fogo do santo bispo de Antioquia, Inácio, que no século I, ao dirigir-se para o martírio, no qual seria devorado pelas feras, exclamava:

 “Coisa alguma visível ou invisível me impeça de encontrar Jesus Cristo.
Maravilhoso é para mim morrer por Jesus Cristo. A ele é que procuro, ele que morreu por nós; quero aquele que ressuscitou por nossa causa.
Permiti que eu seja imitador do sofrimento do meu Deus! Meu amor está crucificado! Quero o pão de Deus que é a carne de Jesus Cristo, da descendência de Davi, e como bebida quero o sangue dele, que é amor incorruptível. Sou trigo de Deus e sou moído pelos dentes das feras, para encontrar-me como pão puro de Cristo. Quando lá chegar serei homem!”

Palavras estonteantes! Inácio de Antioquia compreendera o que significava celebrar a eucaristia, participar do corpo e sangue do Senhor!
Que nossas eucaristias sejam realmente a celebração sacramental desta comunhão de vida, sonho, agir, morte e ressurreição com o Cristo, cujo Corpo e Sangue comungamos. É disto que o mundo tanto precisa; é isto que o mundo espera, mesmo sem o saber: o nosso testemunho de comunhão com o Salvador!
Só assim tem realmente sentido proclamar nossa fé na presença real do Senhor no pão e no vinho eucarísticos."


Decida-se pelo Amor autêntico, recuse imitações!

Hoje em dia a palavra amor parece um tanto desgastada por tantos poemas e canções. Facilmente, diz-se “eu te amo”.
 Mas o significado real é simplesmente “eu gosto de você”, ou seja, “sinto paixão por você”. Amor é muito mais do que gosto ou paixão.
Amar é querer o bem do outro
e paixão é querer o outro para o seu próprio bem.
Amor é dar de si antes de pensar em si. Paixão é sentir que o outro completa o que me falta. Amor é atitude. Paixão é sentimento. Amor é rocha firme que serve de fundamento para qualquer construção. Paixão é areia que passa. Amor é sol que permanece sempre lá, apesar das nuvens e das tempestades. Paixão é estação, é inverno, é verão. Pode mudar e surpreender. Quem não conheceu o inverno da paixão?
Muitos casamentos construídos sobre o “eu gosto de você” não resistem à passagem das estações.

♫Amar não é pecado, e se eu tiver errado,
que se dane o mundo(!??), eu só quero você♫

Há alguns dias atrás, esse refrão de música bem conhecida me perseguia, rsrss.
Sabe aquela música que você ouve por acaso e gruda que nem chiclete na sua mente, rsrss, e quando menos se espera lá esta você cantarolando, mesmo sem querer.
Refletindo sobre a letra da canção, me parece que é assim mesmo que o mundo traduz para nós, em especial para os jovens,
"sua interpretação" de amor.
Um "amor" egoísta, onde se busca a satisfação pessoal e a felicidade a qualquer custo, doa a quem doer, aonde se corre atrás dos prazeres e se foge de suas consequências...
Um "amor" descompromissado e descartável, que não se preocupa em amar, mas em usar o outro, que é eterno enquanto dura a atração, o desejo, a conveniência, a paciência...
Um "amor" superficial que ama as aparências, onde as pessoas em seus relacionamentos se conhecem muito bem, "fisicamente", mas na alma, não se reconhecem...
E assim, com falsos e equivocados valores o mundo de hoje vai "instruindo" todos aqueles que carecem do conhecimento da Verdade, de formação cristã e humana, que se limitam a imitar a grande massa e que, infelizmente, vão gerando uma sociedade cada vez mais doente, por falta de estrutura familiar.
Realmente este conceito de amor apresentado por essa sociedade que se diz moderna, nos faz retroceder e atrasar no progresso da nossa humanidade, cada vez mais desfigurada pela vivência de falsos e infames "valores".
Desde de a tenra idade, é necessário ensinar nossos filhos a amar segundo os princípios cristãos, pois nascemos querendo "ser amados", mas não nascemos "sabendo amar", pois amar é aprendizado e treinamento constante, necessita de esforços, renúncias e sacrifícios. Por isso, deve haver por parte dos pais, responsáveis, um testemunho vivo, autêntico do significado da palavra AMOR, dentro da família. 
O amor verdadeiro e genuíno que respeita, que se compromete, que é doação, que rompe com a superficialidade e mergulha fundo na verdade do outro.
Bom, voltando a tal música, parei de resistir à melodia, mas troquei a letra, rsrss.
Veja como ficou, rsrss:
♫ Amar é aprendizado, não sou descartável,
vou aprender com Cristo para amar você! ♫

terça-feira, 21 de junho de 2011

DIALOGAR É PRECISO!

NASCEMOS PARA SER PONTES QUE UNEM

NÃO MUROS QUE SEPARAM!






- Quando conversamos (dialogamos), todos ganhamos.
- Quando sabemos dialogar não perdemos nada. Só ganhamos.
- Numa conversa (diálogo), precisamos ter sempre presente o seguinte:

O que o outro pensa, é o que ele pensa. Quer eu goste ou não. Quer me agrade ou não.
O que ele pensa, é o que ele pensa.


Para ter sucesso no diálogo, é fundamental evitar:

a)   Julgamento:
Jesus disse: “Não julgueis e não sereis julgados. Porque do mesmo modo com que julgardes sereis julgados e, com a medida com que tiverdes medido, também vós sereis medidos” (Mt 7, 1-2).  E disse mais: “… não vim para julgar (condenar) o mundo, mas para salvá-lo” (Jo 12,47). Nem o próprio Jesus quer julgar o mundo. Ele não tem pressa em condenar-nos. Porque haveríamos nós de ter pressa em julgar e condenar os outros.

b)   Cobrança
Como nos sentimos quando somos cobrados? Que mal-estar nos causa! Elimine a cobrança! Quanto mais caro uma loja cobra, mais o cliente se afasta dela.

c)   Acusação:
Enquanto Jesus nos salva, o demônio nos acusa. Eis como será seu fim: “… foi precipitado o acusador de nossos irmãos, que os acusava, dia e noite diante do nosso Deus” (Ap 12, 10b).
Quando acusamos os outros, nos tornamos “ministros do acusador”
(o inimigo que nos acusa diante de Deus). A proposta de Jesus é: “Sede misericordiosos, assim, como vosso Pai celeste é misericordioso” (Mt 5, 48), porque “os misericordiosos  alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7).
Quando somos misericordiosos ficamos do lado de Jesus. Quando acusamos…

Detestemos o erro, mas amemos o que erra.
Não esqueçamos:
A pessoa é sempre mais importante que o seu erro. 
    
TRÊS TAPAS NA CARA: 
  1. Julgamento
  2. Cobrança
  3. Acusação
Quando usamos qualquer um destes três recursos, antes de conquistar e nos aproximar do outro, aumentamos o muro que nos separa.
Cada um deles é um tapa na cara e assenta um tijolo a mais no muro da separação. 
Evitemo-los!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Corpus Domini


  "A festa de Corpus Domini quer tornar perceptível,  
não obstante a dureza do nosso ouvido interior, este toque do Senhor.
Jesus bate a porta do nosso coração e pede para entrar não somente pelo espaço de um dia, mas para sempre".

"E a procissão, na Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, 
é como imergir Jesus "em nosso cotidiano, para que Ele caminhe onde nós caminhamos, para que Ele viva onde nós vivemos".

(Papa Bento XVI)

 

domingo, 19 de junho de 2011

SOPRA EM MIM...


Espírito Santo de Deus,
sopra em mim... uma oração.
Que me leve para bem perto de Ti
Que purifique minh'alma
Que abrase o meu coração
Que me envolva com Tua luz
Que me abrace com o Teu consolo
Que fecunde o meu ser
Pois sem a Tua presença...
meu existir é tão estéril! 

sexta-feira, 17 de junho de 2011

SILÊNCIO: Música para os meus ouvidos!

Já faz algum tempo, deixei de participar de celebrações na comunidade em que fazia parte, principalmente, por sentir uma grande necessidade de estar em um ambiente propício à oração, mais ainda, um ambiente que favorecesse meu encontro com Jesus, na maior das orações,
a Santa Missa.
Não sei se estou vivendo um momento mais instrospectivo, mas, será impressão minha ou realmente cada vez mais, nas nossas igrejas, o silêncio orante, tão precioso e indispensável está perdendo seu lugar?
A sensação que me dá, é que o silêncio no mundo, mas até em situações apropriadas, como na oração, na liturgia... incomoda! Será exagero dizer que está se tornando, muitas vezes, insuportável para as pessoas conviverem com o silêncio?
Lembro-me de ter participado de algumas celebrações, em que o sacerdote fazia questão que se observasse aquele breve momento de silêncio, após a comunhão, percebia muitas vezes reinar um certo constrangimento entre a assembléia, naquele silêncio "imposto", os músicos pareciam meio contrariados por terem sido privados de cantar uma música de ação de graças...
Pensando sobre isso, me veio à mente uma situação em que se colocam duas pessoas juntas, porém, elas não se conhecem direito, não tem amizade ou qualquer intimidade, o silêncio entre elas vai se tornando pesado, e para fugir desse embaraço, começam a puxar todo tipo de assunto ... Talvez isso também aconteça em nossa relação com Deus, se não temos intimidade com Ele, o silêncio diante da sua presença  torna-se sufocante.
Creio que cada um de nós deve redescobrir o valor do silêncio e buscar entender, como diz Frei Patrício Scandini, não o silêncio em si, mas por que silenciamos. Através do silêncio estreitamos nossos laços com o Senhor, com sua ajuda nos é revelado quem realmente somos, este talvez seja o nosso receio, nem sempre nos achamos preparados para nos encararmos frente a frente, com nossos medos, desilusões, com a solidão da alma...
Porém, é tempo de mirarmos o exemplo de Jesus! Dom Eusébio Sheid escreveu em um dos seus artigos que Jesus foi o maior Mestre do silêncio:

«Durante toda a sua infância e juventude, por quase 30 anos, levou uma vida escondida em Nazaré, sobre a qual nada sabemos, a não ser que Ele era submisso à sua Mãe e ao seu pai adotivo, São José, com quem aprendeu um ofício para ganhar a vida (cf. Lc 2,41ss ; Mt 13,55).»

«Mas um silêncio de 30 anos é algo que grita, que nos interroga. Por que isso? --questiona o arcebispo--. Ninguém jamais chegou a penetrar profundamente o que significa essa vida de Nazaré. Parece que Jesus se recolheu por 30 anos, para depois pregar nos 3 anos de sua vida pública, com maior intensidade, ensinando-nos o valor da quietude, do silêncio, do recolhimento, da solidão fecunda.»

Dom Eusébio explica que esse silêncio de Jesus continua, aprofundado nos 40 dias em oração no deserto, antes de começar a vida pública.

«Depois, noites inteiras no silêncio, na contemplação das coisas eternas, como na véspera da escolha dos Apóstolos (cf. Lc 6,12-16), ou antes de se entregar à Paixão (cf. Lc 22,39-46).»

«Silêncio, também, diante de Pilatos, em face das acusações de falsas testemunhas (cf. Mt 27,13-14); e diante de Herodes, a ponto de ser escarnecido pelo tetrarca e sua guarda (cf. Lc 23,8-11)», refere o arcebispo.

«Por fim, silêncio na própria sepultura, durante os 3 dias que antecederam a gloriosa Ressurreição. Esse silêncio fala muito forte, como, aliás, o silêncio das sepulturas sempre nos fala muito.»

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Pois é, meus irmãos, tenho aprendido a amar o silêncio, a buscá-lo cada vez mais e sinto falta dele, num lugar onde ele deveria "falar mais alto", na Liturgia da Santa Missa!


“Do meu ponto de vista e experiência, a regra do silêncio deveria estar em primeiro lugar. Deus não se comunica à alma tagarela que como zangão na colméia, zumbe muito, mas não fabrica nada. A alma tagarela é vazia interiormente. (…) A alma que não saboreou a doçura do silêncio interior é um espírito inquieto e perturba o silêncio dos outros”.
(Santa Faustina)
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quinta-feira, 16 de junho de 2011

"PAI NOSSO", oração que transforma e compromete!



"A oração supõe um esforço e uma luta contra nós mesmos e contra os embustes do tentador. O combate da oração é inseparável do combate espiritual necessário para agir habitualmente segundo o Espírito de Cristo: reza-se como se vive, porque se vive como se reza"
(CIC 2752)

Rezemos, pois, com o  "COR"  "AÇÃO" , isto é, com sinceridade e verdade, vivendo o que se reza!


PAI NOSSO, QUE ESTAIS NO CÉU
Pai, ao rezar "Pai nosso", proclamo que Tu és um Deus plural, que todos e cada um, são teus filhos amados.
Ajuda-me então a vencer minha incoerência de que ao mesmo tempo que reconheço-Te como Nosso Pai, desconheço nos outros a figura de um irmão!

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME
Não somente em nossos lábios, Pai, seja santificado o Vosso nome, em nossas atitudes, em todo nosso existir... Que todos que se acheguem a nós, possam santificar e bendizer o que já é santo, mas que por vezes é desrespeitado, o teu nome!

VENHA A NÓS O VOSSO REINO
Mais uma vez nos ensina Jesus, "venha a nós", não a mim apenas. Venha o teu reino de justiça, paz e alegria, construído a partir do amor a Ti, edificado no Cristo, consolidado pela unidade dos teus filhos.

SEJA FEITA A VOSSA VONTADE,
ASSIM NA TERRA, COMO NO CÉU
A vossa vontade é a nossa salvação, é que ninguém se perca! Que nossa vontade se molde à Vossa vontade, Pai, que saibamos também ser cooperadores, para que ela se cumpra na vida dos irmãos.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA, NOS DAI HOJE
O pão material, o alimento, o trabalho... Mas também o espiritual, o pão da Palavra, o pão da Eucaristia.
Dá-nos "hoje" Pai, amanhã pediremos novamente, estando assim sempre em comunhão convosco.

PERDOAI-NOS AS NOSSAS OFENSAS, ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS AOS QUE NOS TEM OFENDIDO
Pai, tua misericórdia é infinita, mas temos como condição, por sermos perdoados, com generosidade oferecer o perdão a quem nos ofendeu, mas dentro de nós bate um coração de pedra, tão diferente do Teu... dá-nos um coração de carne, que libere amor e perdão, que não só reze: "Me ajuda a perdoar", mas que igualmente dê passos concretos de perdão.

E NÃO NOS DEIXES CAIR EM TENTAÇÃO
As tentações existem e estão em toda a parte, mas pelo Espírito Santo que habita em nós, que não caiamos nelas, Pai, que pelos dons de discernimento, fortaleza, que pelo dom supremo do amor, do amor que temos a Ti, que possamos resistir fortes pela Tua graça e nossa escolha, de buscar sempre a santidade .

MAS LIVRAI-NOS DO MAL
Guarda-nos, ó Pai, daquele é homicida desde o princípio, livra-nos do laço do passarinheiro, para que livres em Teu amor e pelo Teu amor, alcancemos a constância e a perseverança até a eternidade feliz.

AMÉM!
Eis o nosso "fiat", Pai, assim seja!




"Enfim, se rezamos verdadeiramente ao "Pai Nosso" saímos do individualismo, pois o Amor que acolhemos nos liberta. O "nosso" do início da Oração do Senhor, como o "nós" dos quatro últimos pedidos, não exclui ninguém, Para que seja dito em verdade, nosss divisões e oposições devem ser superadas.
Os batizados não podem rezar ao Pai "nosso" sem levar para junto Dele todos aqueles por quem Ele entregou seu Filho bem-amado.
O amor de Deus é sem fronteiras; nossa oração também deve sê-lo..."
(CIC 2792-93)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Fermento, ninguém vê!


         Por que ainda esperamos elogios    e reconhecimento das pessoas???  
Jesus Cristo compara-nos ao fermento, ou melhor,
Ele diz que somos fermento.
Por isso, envolvidos na massa,
é que somos quem Deus nos fez.
Aprendi com o padre Rafael, sacerdote Javista, que quando comemos uma torta gostosa, elogiamos sua beleza, perguntamos quem a fez e nos deliciamos com tudo e queremos saber quem a fez para parabenizá-lo.
Entretanto, nunca se vê alguém perguntar qual fermento foi usado. Pois é, fermento ninguém vê.
Portanto, se continuarmos querendo que nos vejam é possível que ainda não tenhamos compreendido
quem somos.
É hora de rever a história e entender o que Jesus nos quis dizer com isso. Caso contrário, vamos querer ser o "enfeite da torta", quando, na verdade, Cristo nos quer realizando o que é essencial: a parte do fermento, e nada mais.
(Por Ricardo Sá)

terça-feira, 14 de junho de 2011

O texto, dentro do contexto!


Amai-vos uns aos outros

"... Instrumentalizar essas palavras sagradas para justificar o contrário do que elas significam é profundamente desrespeitoso e ofensivo àquilo que os cristãos têm como muito sagrado e verdadeiro."

No Evangelho de São João encontramos uma longa passagem em que Jesus se despede de seus apóstolos, fazendo-lhes suas últimas recomendações antes de ser preso, julgado e condenado à morte na cruz. É uma espécie de testamento espiritual deixado aos discípulos, aos quais ele também chama amigos; suas palavras e seus gestos, carregados de profunda emoção e simbolismo, marcaram para sempre a vida dos discípulos e da Igreja, que nascia desse convívio de Jesus com eles. Para os cristãos de todos os tempos, essas palavras e esses gestos de Jesus são sagrados.

Jesus lavou os pés dos apóstolos e ordenou-lhes que fizessem a mesma coisa, pondo-se ao serviço do próximo com toda a humildade e dedicação: "Dei-vos o exemplo para que façais assim como eu vos fiz" (cf João 13,15). Não se trata apenas de um exemplo edificante, mas do sinal de participação no amor e amizade de Jesus. São Pedro relutou a deixar que o Mestre lhe lavasse os pés, mas Jesus lhe explicou: "Se eu não te lavar os pés, não terás parte comigo" (João, 13,6-10). Quem quiser ter parte no amor de Jesus Cristo deve amar o próximo, pondo-se ao seu serviço, como Jesus fez.

Logo em seguida, a narração continua com o mandamento novo e Jesus ordena: "Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei, assim deveis amar-vos uns aos outros" (João 13,34-35). A novidade desse mandamento consiste na medida do amor: "Como eu vos amei". De fato, as Escrituras Sagradas já registravam uma ordem semelhante de Deus: "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Levítico 19,18). Jesus coloca um referencial novo - "como eu vos amei" -, inseparável da primeira parte da recomendação - "amai-vos uns aos outros".

No mesmo relato de despedida, na comparação da videira, Jesus explica que a capacidade de amar "como" ele amou vem da união estreita do discípulo com o Mestre. Como o ramo não é capaz de produzir fruto sem estar unido ao tronco da videira, assim também o discípulo, sem uma vinculação estreita com Jesus, não saberá amar como ele amou. E o amor de Jesus se vincula diretamente ao próprio amor de Deus: amar a Jesus Cristo é amar a Deus e ser por Deus amado (cf João 15). Nesse mesmo contexto, Jesus recomenda novamente: "Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei" (João 15,12). Portanto, "como eu vos amei" tem sua origem no próprio amor de Deus, aprendido de Cristo e tornado possível com a ajuda dele.
O papa Bento XVI reflete sobre os vários graus do amor humano na sua primeira encíclica, Deus Caritas Est (Deus É Amor); na nomenclatura cristã, o amor com que Deus nos ama e com o qual devemos retribuir o amor de Deus se chama "ágape".

Jesus não excluiu ninguém do seu amor. Amou pessoas concretas, defendendo e restituindo a dignidade aos humilhados; amou os doentes, os pobres, as crianças, os homens, as mulheres. Em cada pessoa viu e amou um filho de Deus. Acolheu e perdoou os pecadores, mesmo não aprovando todos os seus comportamentos e atitudes, recomendando-lhes que não voltassem a pecar. Ensinou a amar também os inimigos e, ainda no momento extremo de seu suplício na cruz, ele próprio perdoou aos algozes: "Pai, perdoai-lhes; não sabem o que fazem". Amou com amor puro, genuíno, transparente, sem se apossar das pessoas como se fossem objetos de desejo; amou como Deus ama. Sim, amadas por Jesus, as pessoas sentiam-se amadas por Deus, dignificadas, profundamente valorizadas, restituídas à vida, felizes.

Logo após o "mandamento novo", Jesus colocou mais um parâmetro para o amor que praticou e ensinou a viver: "Não há maior amor que dar a vida pelos amigos". Ele próprio o fez: "Tendo amado os seus, que estavam no mundo, amou-os até o fim" (João 13,1). Seu "fim" foram prisão, tortura e injusta condenação à morte na cruz. Suportou tudo por aqueles que amava. E o fez também por toda a humanidade, para que cada ser humano pudesse sentir-se valorizado e amado por Deus: "Tanto Deus amou o mundo que lhe enviou seu Filho único para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna" (João, 3,16).

"Amai-vos uns aos outros" é apenas uma parte do mandamento novo de Jesus; sem a outra parte - "como eu vos amei" -, as belas palavras de Jesus ficam genéricas, ambíguas, expostas à instrumentalização subjetiva e ao deboche desrespeitoso. De fato, várias supostas maneiras de amar não são recomendadas por Jesus: amor possessivo, ciumento, irresponsável diante das consequências, anárquico, promíscuo, violento, sádico, devasso, egoísta, comprado ou vendido, contrário à natureza... Não são expressões de autêntico amor e, no mínimo, não podem pretender-se legitimadas pela recomendação de Jesus: "Amai-vos uns aos outros".

Mas é certo que fazem parte do amor vivido e ensinado por Cristo as qualidades exigentes que lhe atribui São Paulo no belo poema sobre o amor, na sua primeira Carta aos Coríntios (cf 13,4-8): "O amor é paciente, é benfazejo, não é invejoso, não é presunçoso nem se incha de orgulho; não faz nada de vergonhoso, não é interesseiro, não se encoleriza nem leva em conta o mal sofrido; não se alegra com a injustiça, mas fica feliz com a verdade. O amor desculpa tudo, tudo crê, tudo espera, suporta tudo. O amor jamais passará".

Semelhante amor está abrigado inteiramente nas palavras de Cristo:

"Amai-vos uns aos outros... Como eu vos amei". Instrumentalizar essas palavras sagradas para justificar o contrário do que elas significam é profundamente desrespeitoso e ofensivo àquilo que os cristãos têm como muito sagrado e verdadeiro.


Publicado em O ESTADO DE SÃO PAULO, ed. de 11.06.2011

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