segunda-feira, 11 de abril de 2011

Até que ponto sou cristão?

"... A polícia não consegue controlar a entrada dos pais. Em meio ao caos, as câmeras da escola registram a aflição do menino Edson. Por quase dez minutos, ele agoniza no corredor da escola. Policiais militares chegam a passar muito perto dele. Na confusão, ele acena, algumas pessoas param. Mas ninguém o socorre. Finalmente, os bombeiros chegam. Edson, de 15 anos, é então levado ao o Hospital Albert Schweitzer. Está internado em estado grave."
(Imagens da tragédia em Realengo, Portal G1/Fantástico)

Quando assisti a esta deplorável cena, ontem na tv (entre tantas), fiquei chocada, indignada... mas ao mesmo tempo me questionei: "Se estivesse no lugar daquelas pessoas que passavam indiferentes à dor daquele jovem, será que não teria feito o mesmo? Com a justificativa (!??), de estar a procura do MEU filho, do MEU sobrinho, de um conhecido MEU? Ainda que assim fosse, justificaria essa atitude de passar por cima da dor e do sofrimento alheios e ignorá-los?"

Para quem se diz cristão, a resposta é não! Embora na maioria das vezes seja recomendável não mover vítimas para não agravar seu estado até a chegada do atendimento, Meu Deus, o que custava alguém responder ao apelo daquela criança, se abaixar, segurar sua mão e dizer "Calma. o socorro está chegando, vou ficar com você até ele chegar!"
Confesso que fiquei imaginando que além da dor, do medo, do desespero, o terrível sentimento de abandono que não deve ter experimentado o jovem Edson. Me veio então a recordação do grito de Jesus na cruz: "Meu Deus, Meu Deus por que me abandonastes?". E como Nosso Senhor continua a gritar pela boca dos inocentes, não é mesmo? Pois aqueles a quem o Senhor chama, a ajudar e socorrer os pequeninos em Seu Nome, tem SEUS próprios problemas para se ocupar...
No meio cristão, costumamos usar o tratamento de "irmão, irmã", mas será que vivemos como tal ou é somente teoria? Não acredito que no meio daquela multidão, não houvesse um cristão ou pelo menos um que se denominasse assim, para VER Jesus, clamando, acenando por atenção e socorro, naquele jovem... Talvez esse fosse o problema, havia cristãos, mas ... de boca, não de fato!
Que Jesus nos liberte das faixas, das amarras do egoísmo, para que ao chamado do Mestre: "Vem, para fora", possamos seguir livres para realmente viver o cristianismo, que nos ensina a compadecer-nos do próximo... que ás vezes está a nossos pés, ferido, clamando ajuda, mas cegos e amarrados pelo egoísmo, somos incapazes de enxergar, pelo contrário, corremos até o risco de passar por cima.
Termino com um questionamento para todos nós, cristãos:
ATÉ QUE PONTO SOU CRISTÃO, EXISTE UM LIMITE PARA SER CRISTÃO???

2 comentários:

  1. Pensei a mesma coisa quando vi ontem esta cena no Fantástico. Aina não consegui tirar da memória a cena deste menino levantando as mãos, e pedindo ajuda. Alguém deveria ter ficado ao lado dele sim, e lhe dado conforto até chegar o socorro.

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  2. Maravilhosa a abordagem, devemos tirar um ensinamento de tudo o que acontece... e nesse caso eu acho que é esse questionamento. O que eu teria feito se estivesse lá?
    Beijokas!

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